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Pagando caro pelo barato – o problema dos “cheapquels”

Pagando caro pelo barato – o problema dos “cheapquels”

Por Celbi Pegoraro

Você já viu a cena numa locadora? Crianças desesperadas querendo ver um "desenho" e os pais, sem nenhuma avaliação muitas vezes, pegam a primeira coisa que veem. Desde o início do Animagic tenho evitado dar destaque para as infames continuações dos clássicos da animação que os estúdios Disney insistiam em lançar a toque de caixa. Mas nunca expliquei aqui os motivos pelos quais esses filmes são deplorados por quem aprecia a arte da animação. O texto a seguir aproveita artigo sobre o mesmo tema publicado em julho de 2005.

Antes de mais nada, é caro produzir um longa-metragem de animação. Sempre foi desde a chamada época de ouro nos anos 1930. Don Bluth, animador e diretor de filmes como “Anastásia” e “Fievel – Um Conto Americano” comentou que dependendo do projeto, custa aproximadamente $400 mil dólares para produzir um minuto de animação com altos valores artísticos (os chamados "production values").

Claro, isso pode variar de estúdio para estúdio. Nos anos 1990, com uma indústria sacudida por altos salários oferecidos pela Disney para segurar seus artistas após contratações oriundas da Dreamworks, os orçamentos explodiram. Mas não foi só os salários. Houve uma burocratização da produção, uma aceleração no desenvolvimento de projetos segundo fórmulas prontas, e uma série de obstáculos corporativos que fizeram os últimos filmes animados chegarem a astronômicos orçamentos de $140 milhões de dólares.

Somando que são necessários outros US$30 milhões (em média) para marketing, fica impossível considerar um faturamento de US$100 milhões nos cinemas uma coisa atrativa. Para serem lucrativos, os filmes deveriam custar entre US$35 e US$50 milhões e no máximo uns US$25 milhões de marketing.

A primeira tentativa de baratear as produções de longa-metragem veio do começo dos anos 1980 com a chegada de Michael Eisner, Frank Wells e Jeffrey Katzenberg à Disney. O longa animado “O Caldeirão Mágico” estava há mais de cinco anos em produção e outros cinco em desenvolvimento, com orçamento de mais de US$20 milhões. Eisner não enxergava o porquê da produção ser tão cara e tão demorada.

Disney, até então, havia abandonado as produções televisivas na década de 1970 para se concentrar em cinema. A concorrência (leia-se Hanna-Barbera, Filmation e cia.) jogou centenas de séries animadas a baixo custo. O cálculo, em média, era que da melhor dessas séries de televisão custava no máximo $500 mil dólares por 20 minutos de animação.

A lógica dos novos executivos era: se a concorrência pode produzir 20 minutos por US$500 mil, podemos produzir 80 minutos (tempo em média de um longa) por US$ 2 milhões. E o problema da baixa qualidade estética dessas séries? Ora, se Disney investisse três vezes mais, o que teoricamente seria três vezes mais “qualidade”, o orçamento seria apenas US$6 milhões. O que de fato, era bem menos do que os mais de $20 milhões de "O Caldeirão Mágico" lançado nos cinemas em 1985.

Parecia perfeito, mas viram logo que essa lógica não faz sentido. O estúdio experimentou um estilo de produção mais barato com “As Peripécias de um Ratinho Detetive” (1986) forçando um orçamento e tempo de produção pela metade. A redução não chegou a tanto, mas apesar dos méritos da produção, a qualidade deixava muito a desejar aos antigos clássicos.

Em 1988, Disney fez uma segunda tentativa de baratear a produção. Havia ficado óbvio que a lógica de proporção entre televisão e cinema era errada. Jeffrey Katzenberg então, teria tido a idéia de produzir filmes com uma estrutura de produção menor e orçamento mais barato, mas ainda retendo parte da qualidade dos longas-metragens clássicos.

Produzidos em parte na França, com profissionais relativamente novos, a Disney lançou “Duck Tales – o Tesouro da Lâmpada Perdida” e “Pateta – O Filme” pelo novo selo “Disney Movietoons”. Mesmo com o relativo sucesso crítico e comercial desses filmes, as contas provaram que o custo ainda era alto para manter uma linha de produção alternativa neste formato.

A terceira tentativa ocorreu após 1992 com o sucesso estrondoso de “Aladdin”. A Disney, aproveitando a popularidade do filme, lançou “O Retorno de Jafar” direto no mercado de home-video com enorme sucesso. Vendo o resultado lucrativo, nada mais esperto do que montar estúdios “terceirizados” em vários países para produzir com custos mais baratos (graças a mão de obra estrageira) continuações dos filmes de sucesso.

Pelos próximos dez anos, a empresa lançou inúmeros filmes (a maioria de qualidade duvidosa) que variavam do horrível “O Corcunda de Notre Dame 2” ao bem intencionado “O Rei Leão 3 – Hakuna Matata”. Este último produzido pelos talentosos artistas do estúdio da Austrália, que mesmo assim, trabalhavam sob regras mais duras do que seus colegas americanos.

Mas não estou aqui para traçar com detalhes o histórico dessas produções. E sim, para apontar o perigo que foi inundar o mercado com filmes apresentando menos qualidade artística, desqualificando a sempre conhecida alta qualidade dos filmes Disney e manchando a arte da  animação tradicional.

Anos atrás, lembro de ter lido uma interessante comparação entre esses filmes, apelidados de “cheapquels” (sequências baratas) e os refrigerantes das redes fast-food. Há anos essas redes descobriram um modo fácil de vender mais refrigerante e ganhar mais com isso. Como? Condicionando as pessoas (consumidores) que os refrigerantes precisam de gelo para mantê-los gelados. Ora, gelo é teoricamente gratuito (ou pelo menos bem mais barato). Se enchermos os copos com gelo e depois colocarmos o refrigerante, a rede ganha mais por menos. Pagamos caro pelo gelo.

E o que pouca gente percebe é que, em situações normais, o refrigerante já sai gelado das máquinas. Disney, e por tabela outros estúdios (até a DreamWorks embarcou nessa com "José - O Rei dos Sonhos"), pegaram essa fórmula para ganhar “um dólar” a mais por algo já existente.

A fórmula é simples: pegue um filme de sucesso, de preferência um clássico, (re)produza um filme similar gastando uma fração do custo normal (o que resulta em  músicas ruins e animação de baixa qualidade), utilize um elemento novo (em geral, filhos dos personagens) mas que resulte numa coisa óbvia e sem surpresas, e assim temos um “remake” disfarçado.

Qual o perigo disso? Da mesma forma que ao longo dos anos, a animação foi se tornando cada vez mais pedagógica e formuláica (uma antítese principalmente das produções experimentais dos anos 1920 aos 1940), essa avalanche de filmes “cheapquels” pode condicionar o público ao “novo” estilo "barateado" Disney. A Pixar, então parceira e ao mesmo tempo concorrente, condicionou fãs e críticos a um padrão de alta qualidade, que... olhem só, curiosamente até pouco tempo atrás era exclusivo da Disney.

Se não tomar cuidado, esse “excesso de gelo” pode estragar o “refrigerante puro” (os longas-metragem  classe A do estúdio) que a Disney oferece como entretenimento de alta qualidade. Para pais e crianças, resta torcer para que saibam diferenciar os padrões de qualidade.

Para fãs e críticos, espera-se um cuidado maior para os “reais” lançamentos do estúdio de Burbank, e indiferença aos caça-níqueis lançados no mercado, que felizmente estão sumindo. Após todo esse papo, que tal um refrigerante? Mas sem gelo!

Como se sabe, hoje a Pixar pertence a Disney, e os grandes estúdios agora tentam evitar os cheapquels. O Animagic publicou um artigo sobre o fim dos cheapquels na Disney.

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