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"Ratatouille" (2007)

Por Celbi Pegoraro (08/07/2007)

Assistir "Ratatouille" (nova produção da Pixar ou Disney/Pixar) me recorda como era a experiência de conferir um longa-animado Disney do início dos anos 90. Logo de cara é perfeitamente possível entender que o filme que será apresentado é de muito bom gosto. Escreverei desta vez tendo em mente que os leitores já viram o filme, então já alerto para pequenos "spoilers" (detalhes da história), mas nada muito profundo.

Somos apresentados a história do simpático ratinho Remy que, decepcionado com sua vida em meio a alimentos no lixo, sonha em poder utilizar de forma positiva seus dotes culinários. Seu ídolo, Auguste Gusteau, falecido chef de cozinha, será sua consciência por boa parte do filme. Após uma alucinante fuga no início do filme, Remy acaba separado de sua família indo parar em Paris.

Se em "A Família do Futuro", o protagonista e o público eram bombardeados com o lema "Siga em Frente", desta vez Remy persegue o lema do chef Gusteau, "qualquer um pode cozinhar". Remy se torna amigo de um atrapalhado faxineiro do restaurante, Linguini (voz de Lou Romano), e irão juntos preparar algumas delícias culinárias. Lógico que Linguini ainda terá de enfrentar o baixinho chef Skinner (Ian Holm), que aproveita a fama de Gusteau para produzir uma linha de alimentos congelados.

Além de Skinner, Linguini ainda terá a jovem Collette e diversos colegas de cozinha para enrolar, e ainda precisa saciar o bom gosto do crítico gastronômico Anton Egon (com a voz do veterano Peter O´Toole). Remy, por sua vez, enfrenta seu sonho de se tornar um grande chef, mas ainda assim precisa contornar problemas familiares.

Artisticamente a animação é um espetáculo. Mais uma vez somos brindados com uma notável evolução técnica e cada vez mais movimentos de "câmera" seguindo a ação dos personagens. Há uma interessante escolha de design que estilizou os ratos - eles são mais "fofinhos", mas continuam parecendo asquerosos dependendo da ação ou da luz jogada sobre eles. Linguini e os demais cozinheiros ganharam contornos também muito bem definidos para detalhar características pessoais de cada um. E por fim, o crítico Egon, desenhado em forma de caixão para ressaltar seu poder maléfico com suas críticas, é certamente o melhor personagem do filme. Além de fornecer um brilhante monólogo próximo ao fim do filme, Egon também é protagonista da cena que talvez seja a única com um toque de humor mais sofisticado, quando ao experimentar o ratatuí é levado a relembrar suas lembranças de infância.

Ao contrário dos demais filmes da Pixar, este é o que contém a premissa mais bizarra. Um rato que deseja ser um grande chef de cozinha? Ratos e humanos são inimigos naturais... é impossível imaginar um rato na cozinha e não sentir repulsa. Isso por si só foi um grande desafio para o diretor Brad Bird, responsável por sucessos como "Os Incríveis" e "O Gigante de Ferro". Bird, aliás, é um exímio arrumador de filmes problemáticos. Mesmo com "O Gigante do Ferro", ele substituiu uma outra equipe, mas ainda pôde colocar muito de si no filme por estar ainda no início do processo. Em "Ratatouille", Bird aceitou pegar o posto de Jan Pinkava (diretor do divertido curta "Geri´s Game" - o velhinho que joga xadrez) garantindo que não só arrumaria o filme como o entregaria no prazo.

A versão original de 2001, que já teve nome de "Rat!" ou "Rats!", era mais sofisticada e trazia ratos mais estilizados. Isso preocupou a Pixar, ainda mais porque este foi o primeiro filme do estúdio a não ser aprovado previamente pela Disney. Sim, enquanto produziam "Carros", a relação entre Disney e Pixar sucumbiu, tendo o estúdio digital iniciado negociações com outros estúdios. O filme dos ratos foi aprovado como primeiro fruto de uma nova parceria, e por isso mesmo não passou pelo crivo de Disney.

Mas o fato do projeto ter sido "salvo" por Brad Bird vai além de "fazer um rato se tornar um grande chef". Seria preciso convencer o público sobre as origens desse desejo e, preferencialmente, não fazer com que o filme gire em torno apenas disso - o que certamente faria o filme se tornar mais superficial e bobo. As cenas iniciais dão o tom da personalidade de Remy e nos prepara para o que vem depois em Paris. O diretor e roteirista Bird também precisou trabalhar outras ações ridiculamente bizarras de difícil aceitação. A primeira é o fato de Remy manipular Linguini apenas puxando seus cabelos. Isso nas mãos de outro diretor seria um desastre, mas o fato das ações serem exageradas tornaram a situação mais interessante. Como bem citou Michael Barrier em seu site, alguns críticos compararam a manipulação de Linguini a atuação brilhante de Steve Martin no filme "Um Espírito baixou em mim". E eu concordo.

Outra cena complicada é quando os ratos do clã de Remy resolvem por a mão na massa e cozinhar. Novamente é preciso um esforço concentrado para convencer o público dessa situação maluca. Mas Bird, um veterano que aprendeu o que sabe na cartilha Disney, trabalhou a cena do mesmo modo com que os velhos artistas da Disney e Warner trabalharam com animais. De forma até natural, montou a seqüência de forma rápida de modo com que fosse plausível acreditar que todos aprenderam tão facilmente a preparar os mais diversos pratos seguindo as ordens de Remy. E já vimos exemplos semelhantes num passado longínquo com bichinhos limpando casas ou costurando vestidos... lá pelos anos 30, 40 e 50.

A trilha sonora de Michael Giacchino é bem mais feliz e inspirada do que em "Os Incríveis", que é boa, mas totalmente inspirada em temas do John Barry (dos filmes 007). O compositor está mais livre e criativo em seus temas, e teve muito bom gosto ao captar a essência de temas tipicamente franceses.

Esteticamente, os animadores conseguiram belos efeitos animando cabelos, água, fogo e surpreenderam com que talvez seja o maior trunfo desta produção: a textura dos alimentos. Já no ano passado Bird e equipe anunciaram que o maior desafio era fazer com que os alimentos parecessem atrativos, ainda que não fossem replicados de forma realista. A idéia era se aproximar do real, mas com detalhes um pouco mais exagerados na textura. Outra particularidade é que os artistas não procuraram levar as telas uma cópia realista de Paris. A cidade e os cenários foram reproduzidos de forma a captar a atmosfera ou a essência francesa. O resultado é de encher os olhos.

Um dos pratos preparados por Remy, o ratatuí (um prato do sul da França tendo legumes como ingredientes) serviu também como belo título do filme já que "Ratatouille" mistura o nome do prato com "rato". Se há um ponto realmente negativo no filme, foi o fato de Brad Bird ter aceitado pegar o projeto de Pinkava e entregar o filme pronto na data original de lançamento. Se tivesse mais alguns meses, certamente o filme teria mais de suas idéias geniais e não precisaria se sustentar por várias subtramas para validar toda a duração do filme.

É primoroso o trabalho feito com Anton Ego, pois ele acaba justificando os motivos por trás do trabalho de um bom crítico. Lógico que há crítico de todo jeito, mas Ego dá uma lição ao proferir a minha frase preferida no filme (quando Linguini comenta se o crítico não era muito magro para quem gosta de comida), ele diz: "Eu não gosto de comida. Eu a amo! E se eu não amo, não engulo!" Isso em outras palavras, diz que o papel do crítico não é detonar o trabalho dos outros. Mas enfim, Ego também compreende a frase do grande chef Auguste Gusteau de que qualquer um pode cozinhar, mas nem todos podem se tornar um grande artista. Mas o importante é que um grande artista pode vir de qualquer lugar. Se fosse uma produção puramente Disney, acredito que muita gente acharia isso sentimentalóide demais, mas essa é a maior lição moral de "Ratatouille".

Só para não dizer que tudo foi perfeito, pegou mal a "brincadeira" (ou seria provocação?) que a turma da Pixar resolveu inserir nos créditos de que o filme foi 100% animado sem utilizar captura de movimento. O que dizem nos bastidores é que Dick Cook, chefão dos estúdios Disney, precisou pessoalmente pedir desculpas ao cineasta Robert Zemeckis, temendo que o mais novo parceiro da Disney ficasse ofendido. Como se sabe, a produtora de Zemeckis responsável por "A Casa Monstro" e "O Expresso Polar" agora está na casa do Mickey. Cuidado Pixar!

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