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O mercado brasileiro de mangás e animes

por Sandra Monte (06/07/2006)

Nos últimos anos, o mercado de mangás cresceu no Brasil. Há um número muito grande de histórias em quadrinhos japonesas nas bancas e livrarias, para todos os gostos e formatos. E este fenômeno começou há 12 anos. Não foi com um mangá, mas foi um anime que propiciou a vinda de outras animações japonesas e do advento dos mangás. Trata-se de Cavaleiros do Zodíaco. O sucesso desta animação foi tão grande em 1994, que muitos animes vieram em seguida como Yu Yu Hakusho, Rayearth (Clamp), Sailor Moon, entre outros. Contudo, estes desenhos não conseguiram o êxito comercial de vendas de brinquedos, adesivos, álbuns, jogos de Saint Seiya. O outro “boom” de mercado viria apenas no final dos anos 90 com Pokemon. Os simpáticos monstrinhos venderam de tudo no Brasil.

Neste meio tempo, houve apenas um mangá lançado no país: Ranma ½. O mega sucesso de Rumiko Takahashi não alcançou o êxito merecido porque a editora que trouxe Rama ½ para o Brasil fez um péssimo trabalho. Traduziu termos e palavras errado, imprimiu o mangá em papel com pouca qualidade além de colocar um preço alto na época.

Foi apenas em 2000 que dois outros títulos vieram e que consolidaram os mangás no Brasil: o mesmo Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball, ambos da editora Conrad. Os dois venderam milhares de exemplares e foram os primeiros títulos de uma mania que não acabou mais. Em 2001, a editora JBC trouxe quatro mangás simultaneamente: Samurai X, Sakura Card Captors, Vídeo Girl Ai e Rayearth. Vale frisar que excluindo Vídeo Girl Ai, os outros mangás tiveram suas boas vendas graças à exibição dos seus respectivos animes na televisão.

Além das editoras Conrad e JBC, outras empresas se aventuraram a trazer mangás para o Brasil como a Panini. O grande desafio hoje é conseguir trazer quadrinhos japoneses cujos animes não estão passando na televisão. Aparentemente, as editoras estão conseguindo colocar novos títulos no mercado. A Conrad, por exemplo, tem se especializado em mangás adultos como Monster, Bambi e Nausicaä. Já a JBC traz mangás mais para o público jovem como Negima, Fruit Basket, Tsubasa e XXX Holic do grupo Clamp.

Os eventos

Com o crescimento do público que aprecia mangás e animes houve também um aumento de convenções por todo o Brasil. Os primeiros eventos aconteceram em meados de 1996. Hoje, o maior de todos é o Anime Friends. Este evento sempre traz um artista japonês e neste ano virão Masaaki Endo, Kitadani Hiroshi e Matsuzawa Yumi. O AF acontece sempre em julho na cidade de São Paulo. Segundo a organização, são cerca de 40 mil pessoas de público geral.

World Cosplay Summit e editora JBC

O World Cosplay Summit – ou simplesmente WCS - reúne melhores cosplayers de vários lugares do planeta em uma competição pelo título de melhor do mundo. O WCS é organizado pela TV Aichi anualmente. Em 2006, a editora JBC negociou a participação inédita de cosplayers brasileiros para a edição do WCS deste ano. Os campeões brasileiros escolhidos por meio do “WCS 2006 Etapa JBC Brasil” participarão da final do Japão. Vale lembrar que o Brasil é o primeiro país da América Latina na competição, que ainda conta com o próprio Japão e também a China, Estados Unidos, França, Itália, Alemanha e Espanha.
Esta é apenas uma das iniciativas da JBC. A editora é uma das que mais lança mangás no Brasil. A JBC é uma empresa com sedes em Tokyo e São Paulo e tem como missão aproximar Brasil e Japão através de suas publicações. Um dado curioso é que a editora foi a única não cancelou nenhum de seus mangás.

Mercado de DVDs

O mercado de DVDs ainda é pequeno no Brasil. Poucos são os títulos disponíveis. A Sony Company e a PlayArte Pictures são as distribuidoras que mais trouxeram animes. A primeira trouxe Metropolis, Tokyo Godfathers, Cowboy Bebop – The Movie, Steamboy, Final Fantasy – Advent Children entre outros. Já a PlayArte traz animes que são ou foram sucesso na televisão brasileira como toda a série de Cavaleiros do Zodíaco, Yu Yu Hakusho, Megaman NT Warrior, Nadja e também o filme O Castelo Animado. Aos poucos, este é um mercado que vai criando força no Brasil, mesmo sendo o mais lento do mundo dos animes no país.

Curiosidade: conheça os mangás que já saíram no mercado brasileiro pelas principais editoras:

Conrad Editora
Adolf, Bambi and the Pink Gun, Barefoot Gen, Battle Royale, Black & White, Blade of the Immortal, Buddha,  Cinderalla, Dr. Slump, Dragon Ball, Fushigi Yuugi, Gon, Lady Snowblood, MegaMan NT Warrior, Monster, Nausicaä of the Valley of the Wind, Neon Genesis Evangelion, Neon Genesis Evangelion: Angelic Days, One Piece, Ragnarok (manhwa), Saint Seiya, Saint Seiya Episode.G, Sanctuary, Sandland, Slam Dunk (mangá), The Ring (mangá), Uzumaki, Vagabond

Editora JBC
Yu-Gi-Oh,  Rurouni Kenshin, Yu Yu Hakusho, Shaman King, Bastard, Video Girl Ai, Gunnm - Hyper Future Vision, Yu Yu Hakusho - Anime Comics, Rurouni Kenshin - Kenshin Kaden, Sakura Card Captors, Rayearth (CLAMP), Love Hina, Chobits, Negima Magister Negi Magi,Tsubasa Reservoir Chronicle, XXX Holic, Love Hina Infinity, Fruits Basket,  Mouse, Inu-Yasha, X (CLAMP), Cowboy Bebop,  BTX,, Angelic Layer, Tokyo Babylon, Ribbon no Kishi, Love Junkies, Star Wars mangá, Onegai Teacher

Panini Comics
Angel Sanctuary, Berserk, Eden, Meru Puri, Peach Girl, Slayers, Lone Wolf and Cub, O Tigre e o Dragão (manhwa), Karekano. Em breve Crying Freeman, Samurai Champloo, Samurai Executioner, Samurai Legend

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http://www.paninicomics.com.br/
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