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Saiba mais sobre a sinopse e bastidores de

Saiba mais sobre a sinopse e bastidores de "Os Simpsons: O Filme"

Confira abaixo material divulgado no fórum AnimationS:

SINOPSE

Após dezoito temporadas, quatrocentos episódios e inúmeros prêmios e homenagens (inclusive um Prêmio Peabody, 23 Emmy e de ter sido eleito pela revista Time o “melhor programa de televisão do século XX”), Os Simpsons tornou-se um longa-metragem de cinema. Isso também é bom porque é preciso uma tela de cinema para captar toda a estupidez épica de Homer Simpson.

No filme, entusiasticamente aguardado e baseado na série de sucesso da televisão, Homer precisa salvar o mundo de uma catástrofe que ele mesmo criou. Tudo começa com Homer, seu novo porco de estimação e um silo perfurado e cheio de fezes – uma combinação que dispara um desastre de proporções jamais vividas em Springfield. Além de Marge estar ultrajada pela asneira monumental cometida por Homer, uma multidão sedenta por vingança começa a se aglutinar no lar dos Simpson. A família escapa milagrosamente, porém logo se divide por conta do local e do conflito.

Os cidadãos de Springfield têm toda razão de clamar pelo sangue dos Simpson. A calamidade disparada por Homer chama a atenção do presidente dos Estados Unidos, Arnold Schwarzenegger (na voz de Harry Shearer) e do chefe da Agência de Proteção Ambiental, Russ Cargill (na voz de Albert Brooks). Diz Cargill ao presidente: “O senhor sabe, quando me nomeou chefe da Environmental Protection Agency [agência de proteção ambiental] foi aplaudido por indicar um dos homens mais bem-sucedidos do país para a pior agência do governo. Por que, então, aceitei o trabalho? Porque sou um homem rico e desejo doar algo em troca. Não dinheiro, mas algo”. Esse “algo” é um plano diabólico para conter o desastre.

Com o destino de Springfield e do mundo em risco, Homer embarca numa odisséia pessoal de redenção, buscando o perdão de Marge, a união da família fragmentada e a salvação de sua cidade natal.
Os Simpsons – O Filme é estrelado pelos atores habituais da série Dan Castellaneta, Julie Kavner, Nancy Cartwright, Yeardley Smith, Hank Azaria, Harry Shearer, Pamela Hayden e Tress MacNeille, assim como Albert Brooks.

Os produtores do filme são: o produtor executivo da série James L. Brooks, Matt Groening na criação, o atual produtor executivo Al Jean, bem como Mike Scully e Richard Sakai. Sakai trabalha na série desde o início, enquanto também produzia ou atuava como produtor executivo de filmes de sucesso como Jerry Maguire – A Grande Virada e Melhor Impossível. O roteiro é de James L. Brooks, Matt Groening, Al Jean, Ian Maxtone-Graham, George Meyer, David Mirkin, Mike Reiss, Mike Scully, Matt Selman, John Swartzwelder e Jon Vitti, todos veteranos da série. O supervisor da direção de animação da série David Silverman dirige o filme. Silverman esteve na série desde sua estréia e atuou como co-diretor do sucesso do filme de animação Monstros S.A.

SOBRE A PRODUÇÃO

Os Simpsons nasceu há vinte anos, quando solicitaram a Matt Groening criar segmentos de animação para a série cômica The Tracy Ullman Show, transmitida pela Fox. Groening não pretendia desistir de seus direitos sobre seu popular desenho animado Life in Hell, então criou imediatamente os personagens da família Simpson. Os Simpsons tem sido um sucesso de público e de crítica desde sua concepção, em 1988, como uma série semanal de meia hora, transformando-se num fenômeno cultural pop. O resto é história da televisão e, agora, do cinema.

Para Groening, Os Simpsons – O Filme oferece a chance aos realizadores e ao público de viver algo que o programa, mesmo com suas infinitas premiações e seu imenso impacto cultural, não poderia oferecer. “Nós queríamos contar uma história completa dos Simpsons na grande tela de um filme de longa-metragem e ouvir, ao mesmo tempo, uma sala de cinema cheia de gente rindo”, conta Groening.

Logo na primeira temporada do programa o estúdio sugeriu a Groening e ao co-produtor executivo James L. Brooks a possibilidade de transformar o fenômeno televisivo em filme de longa-metragem. Então, por que foram necessários dezoito anos para que Os Simpsons chegasse à grande tela, era a pergunta que fazia a legião de fãs do programa.

Al Jean, atual diretor da série, além de roteirista e produtor do filme, sugere algumas respostas: “Esperamos dezoito anos para fazer um filme porque não queríamos fazê-lo apenas por ser possível. Queríamos criar uma história que demandasse a dimensão de um filme. Os Simpsons – O Filme não é simplesmente a junção de três episódios do programa. Ele tem sentimento, está focado nas forças que podem separar uma família e uma cidade, e busca o caminho de um homem que deseja retomar sua vida em tal situação”.

“O que distingue o filme do desenho da TV são as dimensões”, acrescenta James L. Brooks, o cineasta vencedor do Oscar por Melhor É Impossível, Laços de Ternura e Nos Bastidores da Notícia, vencedor do Emmy de melhor roteirista e produtor do Mary Tyler Moore Show e de Táxi, e roteirista e produtor do Os Simpsons - O Filme. Ele continua: “O filme possui 100 personagens com falas e foram criadas cenas que sequer começamos a desenhar para a série de TV. Acima de tudo, queríamos um filme dos Simpsons que fosse realmente uma experiência cinematográfica para o público, sem abrir mão, no entanto, da fidelidade ao programa. Tivemos o cuidado de não elitizar o filme”.

Não havia profissionais suficientes para para escrever e animar uma série de TV e um filme de longa-metragem simultaneamente. Matt Groening observa: “À época, não tínhamos uma equipe de roteiristas e animadores à disposição. Diferentemente da maior parte das séries, Os Simpsons nunca sofreu interrupção. Dedicamos toda a nossa energia ao programa, sempre com a preocupação de não prejudicá-lo em função da elaboração de um filme”.

Ao longo dos anos, Brooks e os produtores expandiram a equipe de redação da série, o que, no mínimo, resolvia a questão do potencial humano. “Chegamos ao ponto de ter, num determinado momento, duas salas de redatores”, conta com toda propriedade David Mirkin, um reconhecido diretor de comédias (Doce Trapaça, Romy e Michele), produtor e roteirista do programa e roteirista do filme. “Então, o pessoal que trabalhava inicialmente no programa pôde sair para redigir o filme sem prejuízo da qualidade do desenho de TV, que continuava a ser exibido”.

Em 2001, um filme dos Simpsons chegou perto de acontecer, quando o elenco da série assinou um novo acordo que incluía termos segundo os quais os atores poderiam fazer as vozes dos personagens em um filme de longa-metragem. No entanto, permaneceram as tarefas de encontrar uma idéia que garantisse o tratamento de cinema e de criar um roteiro que pudesse ser filmado.

Em novembro de 2003 começou seriamente a ser escrito um roteiro para o filme dos Simpsons. “Éramos quatro pessoas responsáveis pela decisão de dar continuidade ao roteiro. Em um dado momento, simplesmente sentimos que estávamos realmente fazendo isso”, explica James L. Brooks.

“Nós nos perguntávamos as questões cruciais”, lembra Mike Scully. “Acreditávamos poder construir uma história que garantisse um filme de longa-metragem? De que forma o filme poderia afetar a série de TV?”

Os produtores estabeleceram padrões altos para eles próprios e para o trabalho por vir. “Começamos a escrever o roteiro e não paramos mais”, relata Brooks. E completa: “O mais difícil era prestar uma extraordinária atenção a cada piada; passarmos pelo estresse de cada dia e, ainda assim, parecermos um grupo de palhaços folgados e despreocupados. Em nenhum momento consideramos a hipótese de desistir, portanto continuamos a trabalhar”.

Ao começarem a se formar as idéias para uma história de cinema, os produtores estavam decididos a não recriar Os Simpsons para o telão, optando por manter tudo de que os fãs gostavam nos personagens. Al Jean explica: “A diferença é que estamos contando uma história que demanda o espaço de noventa minutos e o formato do cinema. Além disso, não há apenas uma história. Cada membro da família Simpson possui um perfil histórico de seu crescimento e de sua redenção, até mesmo o bebê. Queríamos que o filme segurasse emocionalmente o público até o fim, e talvez esse tenha sido o nosso maior desafio. Os Simpsons – O Filme também deveria apresentar grandes cenas, locações e temas”.

Essas metas de criação demandavam a melhor equipe de roteiristas possível e então os produtores escolheram a dedo um grupo estelar de roteiristas que trabalharam no programa desde sua concepção (ou próximo disso), muitos dos quais haviam atuado como produtores executivos. Todos conheciam e amavam os personagens. Assim, além de Brooks, Groening, Jean e Scully, o time estelar de redatores de Os Simpsons – O Filme incluiu também David Mirkin, Mike Reiss, George Meyer, John Swartzwelder e Jon Vitti (mais tarde também se juntaram ao grupo Ian Maxtone-Graham e Matt Selman, atuais produtores executivos do programa).

Embora o compromisso dos roteiristas com a criação do melhor roteiro possível para o filme dos Simpsons fosse inabalável, eles não incorporaram essa designação de “astros” com tanta seriedade assim. “As coisas não aconteciam como se cada minuto de nossas reuniões fosse espetacular”, diverte-se Al Jean. “Como qualquer ‘astro’, nós acertávamos e errávamos”. Ainda assim, cada um deles abraçou a oportunidade de colaborar com um filme longamente esperado e estrelado pelos personagens que eles mesmos ajudaram a criar.

Para esses roteiristas, trabalhar em Os Simpsons – O Filme tinha um sentido emocional, bem como criativo. “Foi inacreditavelmente emocionante estar trabalhando no filme e ter a honra de ser selecionado para escrever o roteiro”, diz Mike Reiss. “Mais emocionante do que fazer o filme era estar numa sala com aquele grupo de pessoas”, reafirma John Vitti, acrescentando que “foi um privilégio trabalhar com aqueles caras todos os dias – e um terrível pesadelo tentar acompanhar seu ritmo de trabalho”. David Mirkin comenta: “Foi muito bom estarmos juntos de novo, pois quando isso acontece cria-se uma energia muito particular, especial”.

Os roteiristas assumiram, então, as características dos personagens e se dedicaram a criar um filme digno de Os Simpsons e, pelo menos nas primeiras sessões, tiveram dificuldades para chegar a um primeiro tratamento. “Ficamos tão apreensivos que enrijecemos o início do processo de criação. Foi necessário um ano para relaxarmos e começarmos a sentir o mesmo prazer que tínhamos com o programa”, confessa Brooks.

Finalmente, os roteiristas produziram uma primeira versão do roteiro para o cinema, o qual foi aprovado por Brooks. Dividiram essa versão em sete blocos, com Jean, Scully, Mirkin, Reiss, Meyer, Swartzwelder e Vitti trabalhando separadamente, escrevendo em torno de 25 páginas cada um. Um mês depois eles se reuniram e juntaram os sete “capítulos”, produzindo um primeiro rascunho inicial.

Seguiram-se dois anos de reescrita, abrangendo pelo menos cem tratamentos de roteiro. Foi um processo meticuloso e exaustivo. “Embora o filme seja três vezes maior que o programa de TV, foi centenas de vezes mais difícil de escrever”, admite David Mirkin.
“Gastamos muitos lápis e pedimos muitas pizzas de madrugada para poder continuar o trabalho”, acrescenta Matt Groening. “Era sempre uma questão de escrever e reescrever, com ênfase em reescrever. Estávamos continuamente consertando o roteiro e nunca parávamos de aparecer com um texto ou uma cena melhor”.

“Estávamos determinados a continuar reescrevendo até que os animadores morressem de exaustão”, ri o redator Matt Selman. “Se não houvesse uma data de lançamento, ainda estaríamos trabalhando no texto”, ele confessa.

Todos estavam contentes por ter James L. Brooks de volta à sala de redação. Nos primeiros anos da série Brooks era produtor executivo, tornando-se mais tarde inspirador e consultor dos redatores. “Este seriado foi meu único emprego durante três anos e tem sido, desde então, em tempo parcial”, observa. Para o filme, Brooks teve que se ligar novamente aos personagens e ao mundo que ajudou a desenvolver. “A participação de Jim é o principal segredo do filme”, diz Mike Reiss. E justifica: “Ele nos fez revisar o texto inúmeras vezes. É assim que ele funciona: trabalha direto até que se arranca o roteiro de suas mãos”.

“Tivemos que ampliar nossa forma de pensar e sair da estrutura de 22 minutos da série da TV. E foi aí que contamos muito com Jim, pois ele fez muitos grandes filmes. Os Simpsons – O Filme nos fez rever nossa forma de contar as histórias de Os Simpsons e Jim exerceu uma forte influência nessa área”, diz Mike Scully.

“Jim trabalhava mais do que qualquer um de nós”, declara John Swartzwelder, que foi autor do maior número de roteiros do programa. “Era impressionante vê-lo criar aquelas coisas bizarras que nós enfiávamos no filme para ver se iriam funcionar”.

“Foi incrivelmente estimulante trabalhar em um filme com Jim Brooks. Eu diria que foi uma chance em um milhão, mas espero que haja outras oportunidades”, completa Al Jean.

Muitos dos roteiristas creditam a Brooks a certeza de que o roteiro incluiria apelos emocionais importantes. Porém, o próprio Brooks comenta que a comédia, a ação e a emoção têm pesos iguais na história. “Não há nada mais importante para a marca dos Simpsons do que provocar o maior número de risadas e incluir grandes cenários”, explica. “E isso tornou mais desafiadora a tarefa de criar emoção na história. Sempre começávamos pelas risadas, porém precisávamos daquela emoção na qual também se apoiavam as risadas e que leva o público a se preocupar com o que acontece aos personagens”, completa.

Mais do que qualquer coisa, Brooks buscou o tom apropriado para o filme. “O tom é a palavra que descreve tudo o que procurávamos” diz Brooks. “Você joga tudo no caldeirão – história, emoção, piadas -, mas no final o que aparece é o tom. Ele é sempre a maior questão em um filme”, enfatiza Brooks.

A busca pelo tom apropriado se estendeu além do processo de redação e animação do filme, que levou dois anos. Hans Zimmer, que compôs a trilha de Os Simpsons – O Filme, também fez contribuições fundamentais. “Hans se envolveu muito com a busca do tom, contribuindo com um ponto de vista revigorante depois de anos que passamos lidando com o filme”, acrescenta Brooks.

Em uma sala cheia de roteiristas trabalhando incansavelmente para criar o melhor roteiro de filme possível, ninguém trabalhava mais do que Al Jean, que tinha a tarefa hercúlea de produzir o programa e trabalhar como produtor e roteirista do filme. “Não consigo imaginar que outra pessoa poderia dirigir o programa e o filme ao mesmo tempo”, afirma maravilhado o roteirista Ian Maxtone-Graham. “É uma prova da impressionante capacidade mental de Al. Em certo momento ele estava revisando um storyboard do programa enquanto nos procurava mostrando uma idéia para o filme”.

O incansável Jean – a única pessoa que não perdia de vista tudo que se relacionasse ao filme e ao programa – certificava-se de não haver superposição da história entre os dois e de que os principais pontos da trama do filme fossem mantidos em segredo. “Já que mantivemos a trama do filme em segredo, quando os redatores do programa lançavam idéias similares às contidas no filme eu dizia, ‘Não, não podemos usar isso, mas não posso lhes dizer o porquê’”.

O sigilo mencionado por Jean chegava a um nível raramente visto na indústria do cinema, mesmo nos tempos atuais de cautela com a internet. Os realizadores mantiveram o roteiro fechado a sete chaves nos escritórios da produção e, mesmo quando o filme estava prestes a ser lançado, eles relutaram em divulgar detalhes da história para garantir que o público sofresse todo o efeito das muitas surpresas do filme. Porém, um trailer antecipado revelou uma nova presença no lar da família Simpson: o porco de estimação de Homer, cuja contribuição mais significativa para a comunidade é de algumas toneladas de “adubo”.

A “questão” das fezes do porco, combinada com a ignorância de Homer, leva a cidade de Springfield a um desastre. “Estávamos eufóricos com a idéia de Homer aprontando a pior coisa que jamais fez. E isso o levou ao dilema moral de deixar a cidade morrer ou tentar salvá-la”, revela David Mirkin.

A própria cidade de Springfield se torna um personagem-chave em Os Simpsons – O Filme, também distinguindo o filme do seriado. Os diretores colocaram toda a cidade em exposição na tela por meio de um grande dispositivo cinematográfico. Além disso, colocaram em evidência todos os personagens de Springfield, a maioria dos quais aparece em uma imensa cena de multidão, que é um dos destaques do filme.

Uma figura-chave das freqüentes e infindáveis reuniões de roteiristas nem era mesmo um roteirista. Quebrando a tradição da produção de filmes de animação, o diretor David Silverman trabalhava junto com os roteiristas, modelando a parte visual e a edição, determinando as melhores formas de visualizar uma piada, e inventando novos meios de expandir o universo dos Simpson no cinema. Estavam sempre consertando o roteiro e regravando os atores. “Era uma punição cruel e incomum para David Silverman”, brinca Matt Groening.

Silverman, um veterano de vinte anos de Os Simpsons, trabalhou primeiramente nos curtas dos Simpsons para o Tracy Ullman Show antes de se tornar um diretor, supervisionando o diretor e produtor da série. Seu profundo afeto pelos personagens é inigualável. “Eu adoro desenhá-los, e criar algo inventivo e engraçado que ainda não tenha sido feito”, declara.

Brooks comenta: “David encarnou o espírito de Os Simpsons por muito tempo. Quando trabalhava nos curtas para o Tracy Ullman Show ele me falava com tanta paixão do quanto seria importante para ele ter um programa inteiro de televisão dedicado a esses personagens. Fiquei tão impressionado com sua paixão que comecei logo o trabalho no seriado”.
Silverman, é claro, exerceu forte influência na aparência do programa. “David foi, basicamente, quem deu aos personagens suas normas de comportamento e codificou as regras de como desenhá-los”, conta Groening. “Para mim, desenhar os personagens é um processo intuitivo; simplesmente sinto que está tudo certo e, então, eu os desenho”. No entanto, David sabe que há onze pontas no cabelo de Bart, e que a cabeça de Marge tem a altura de nove globos oculares – ou algo parecido.

O desafio de Silverman para Os Simpsons – O Filme era desenvolver um estilo visual que fosse verdadeiro para o programa e que, ao mesmo tempo, pudesse ser ampliado para a estrutura do cinema. Silverman utilizou totalmente a proporção de 2:35 para 1 do telão, o que lhe permitiu inserir mais personagens no quadro, dedicar atenção considerável a cada cena, revelar o filme emocionalmente e enriquecer a textura e as cores do fundo da tela. “Não queríamos quebrar a aparência gráfica do seriado e, sim, enriquecê-la e completá-la”, explica Silverman.
Para se inspirar, Silverman assistiu novamente a filmes como Bad Day at Black Rock, um dos primeiros filmes de cinema a usar de forma inovadora o formato de um drama intimista, e a comédia épica Deu a Louca no Mundo, que preencheu seus quadros com uma multidão de personagens.

O formato da tela panorâmica trouxe muitos desafios e oportunidades para o diretor. Por exemplo, ele tinha de acrescentar dimensão a personagens que até agora eram vistos primeiramente em pequenas telas de televisão, mas que iriam aparecer com altura de dezoito metros em muitas telas de cinema. Além disso, Silverman experimentou criar cenas de emoção em grandes tomadas, onde normalmente ele teria que cortar para closes.

Para transmitir uma pulsação emocionante ao filme, Silverman usou cores, sombras com nuances de tons e respingou sombras num grau que, no seriado, seria impossível. Também passou a ter mais amplitude para mover a câmera durante uma cena épica de perseguição ou de multidão, devido principalmente a uma seqüência elaborada com skate. “Normalmente você teria uma tomada com multidão, e depois um corte para um close”, diz Silverman. “Porém, eu queria dar à cena muita energia, então continuei movendo a câmera por dentro da multidão”. Um pôster clássico da série de TV retratando todo o elenco de personagens proporcionou as bases para essa cena. “Eu me imaginei correndo com a câmera por dentro do pôster”, acrescenta.
Para a animação dos personagens, Silverman recorreu aos modelos criados por Groening duas décadas antes, que evitavam personagens vesgos ou com aparência de maníacos, ambas convenções de séries e filmes de animação. “Queremos sempre que nossos personagens sejam reativos e impulsivos. Isso lhes acrescenta mais humor e personalidade. Estamos sempre buscando para eles desempenhos específicos e realistas, mais próximos dos humanos”, diz Silverman.

Talvez o maior desafio de Silverman tenha sido a agenda apertada do filme. São necessários nove meses para fazer um episódio do programa, e Silverman tinha somente um ano e meio para fazer Os Simpsons – O Filme. Ele teve o tempo de dois anos em Monstros S.A. Para atingir seus prazos finais rigorosos, Silverman formou várias equipes de produção com diretores de seqüência trabalhando sob a sua chefia e dirigindo seus próprios grupos.

O primeiro passo da animação do filme foi a criação dos storyboards – os painéis que determinam os cortes, as tomadas, os ângulos e os desempenhos. Depois disso, Silverman e suas equipes desenvolveram posições-chave de animação, desenhos e layouts, seguidos de animatics contendo os projetos de tempo e de ritmo, e que ajudavam a averiguar se as piadas estavam funcionando. Ao longo do tempo eram desenhados os objetos e as roupas, e novos personagens eram introduzidos. Os últimos passos incluíam o timing final e o ajuste fino da animação.

Para ganhar tempo, Silverman utilizou rolos de filmes nos quais ele filmava os storyboards aumentando-os com poses adicionais e uma trilha sonora temporária, e tudo isso lhe permitia transmitir a essência do filme em um estágio bem inicial.

O trabalho de Silverman e de suas equipes formatado para a tela grande dá nova dimensão aos personagens amados por tanta gente. “David se supera totalmente com o filme. Os Simpsons – O Filme realmente honra os animadores que trabalharam no programa e no filme. Eles colocaram toda sua arte e todo seu talento na tela”, elogia Matt Groening.

“O filme é uma experiência maior do que o programa. Há muitas coisas no filme que os fãs não viram antes no seriado”, diz Silverman. E voltando à idéia de Matt Groening de criar um filme para possibilitar aos fãs se divertirem com a experiência conjunta de ver um filme dos Simpsons no cinema, Silverman observa: “Eu adoro a idéia de imaginar oitocentas pessoas rindo ao mesmo tempo de uma piada ou cena do filme. Fiz várias palestras em faculdades, nas quais exibi trechos do programa para grandes públicos. Vê-los rir dos trechos ao longo dos anos – e projetá-los em uma tela grande – me transmitiu a confiança de que seríamos capazes de fazer o público de cinema rir. Penso que uma experiência real com o cinema somente os fará se divertirem ainda mais”.

Al Jean observa que o apelo do filme se estende além do público leal de Os Simpsons que acompanhou o programa de televisão nos últimos dezoito anos. “Nos matamos de trabalhar por quatro anos para produzir um filme que realizasse os sonhos de tantos fãs do programa e que também trouxesse diversão aos que nunca assistiram a Os Simpsons. Não havia como sofrer pressão maior”, ressalta.

Afora as muitas pressões durante a criação de Os Simpsons – O Filme, seu lançamento iminente levou duas de suas forças visionárias a refletir sobre o fenômeno Simpsons e o quanto isto se deve a eles. Matt Groening diz: “Há vinte anos eu esperava somente que Os Simpsons fossem um sucesso, eu achava que seria. Mas eu não tinha idéia de que em 2007 estaríamos fazendo este filme e celebrando nosso 400º episódio. Foi realmente uma viagem espantosa”.

“Ao fazer este filme, e apesar de todas as pressões às quais fomos submetidos, e dos filtros críticos pelos quais temos olhado, pude ver Homer a todo momento fazendo algo na tela”, conta James L. Brooks. “E fiquei surpreso de ver que após todos esses anos ainda sinto um ímpeto de afeto por ele. Ver Homer assim transcende a experiência do trabalho”, ele conclui.

Confira mais informações no fórum AnimationS.

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