Diretor de "Wall-e" se aventura em filme não-animado
Já vimos este filme antes! Rob Minkof co-dirigiu "O Rei Leão" e se aventurou em diversos filmes live-action como "Stuart Little" (muito bom) e "Mansão Mal-Assombrada" (ruim). Andrew Adamson de "Shrek" da DreamWorks depois se aventurou no simpático e irregular "Crônicas DE Nárnia". O que eu quero dizer com isso? É que nem sempre o talento de uma direção em animação é reproduzido numa produção live-action (não-animada).
A bola da vez é o competente Andrew Stanton (foto), responsável por "Procurando Nemo" e "Wall-E". Ele estará a frente de uma nova franquia da Disney/Pixar baseada numa adaptação de "A Princesa de Marte" (John Carter of Mars), obra de Edgar Rice Burroughs (1875-1950), o mesmo criador de Tarzan (também adaptado pela Disney em 1999). Stanton revelou detalhes interessantes ao site Sci Fi Wire, inclusive que já está trabalhando no roteiro. Os colegas do site Omelete traduziram o que Stanton disse. Volto depois.
"Estou submerso na próxima versão do roteiro. Atualmente estamos fazendo a pré-produção dos aspectos visuais e começando a conversar com atores", disse. Além de mencionar elenco, Stanton tirou uma dúvida: o filme será feito não em animação, mas em live-action, o primeiro filme do diretor neste formato. "Sim, acho que é o único jeito. Quero dizer, tem tanta criaturas e personagens que metade deles vai ser feita em computação gráfica de qualquer maneira."
"Mesmo assim, o filme terá uma cara de realidade, será crível. O filme deve ter umas duas horas, no máximo, e não está sendo feito pela equipe da Pixar. Está sendo feito pela Disney, e eu meio que estou emprestado [para a Disney]. Não é que estejamos sendo puristas com a Pixar, mas o caso é que a Pixar é uma marca voltada para todas as idades, e John Carter não é para todas as idades", indicou. Segundo Stanton, a idéia é pegar censura PG-13, recomendado a maiores de 13 anos, enquanto os filmes da Pixar tradicionalmente são censura livre.
A história trata de um veterano da Guerra Civil dos EUA, John Carter, que acaba abduzido e transportado até Marte, onde vira prisioneiro de bárbaros verdes e precisa libertar a princesa Dejah Thoris da tirania local. Burroughs escreveu 11 volumes de A princesa de Marte, e a primeira adaptação para as telas está prevista para 2012.
Voltei. Pelo visto a Disney encontrou um peso pesado (em forma de franquia e talento) para substituir "Crônicas de Nárnia", mas resta saber se um grande talento da animação como Stanton vai se dar bem num desafio desses. E ao mesmo tempo é preocupante saber que ele poderia estar em outro projeto em animação. O lado positivo é que deixando tudo nas mãos da Disney (hoje dona da Pixar), o estúdio de animação é liberado para ficar no que é eficiente e compentente.
Resta saber se Brad Bird ("O Gigante de Ferro", "Os Incríveis", "Ratatouille") também vai, como é esperado, abandonar a animação para tentar a sorte nos live-action.
Steve Jobs se afasta da Apple
O executivo-chefe da Apple (e também maior acionista da Disney), Steve Jobs, anunciou que vai tirar uma licença médica que dura até o fim de junho da companhia em uma carta enviada aos funcionários da empresa, segundo o site "En Gadget".
A carta foi enviada aos funcionários nesta quarta-feira dizendo que os problemas de saúde do executivo são mais complexos do que se pensava no início. O executivo também informa na carta que se manterá inteirado das decisões estratégicas mais importantes e que Tim Cook o substituirá nas atividades diárias durante este período.
Na última semana, Jobs reconheceu que enfrenta problemas de saúde e perda de peso, depois de meses de especulação sobre suas condições. Em carta, ele afirmou que um "desequilíbrio hormonal" era a causa do problema e que já havia iniciado tratamento. (com informações da Folha Online). Leia a carta de Steve Jobs aqui.