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"Wall-E" (Pixar - 2008) - Parte I

(com informações da Disney)

WALL•E da Disney•Pixar é dirigido por Andrew Stanton a partir de um argumento original de Stanton e Pete Docter, e roteiro de Stanton e Jim Reardon, John Lasseter é o produtor executivo e o produtor é Jim Morris (Star Wars, Episódios I e II, Pearl Harbor, The Abyss, e três filmes Harry Potter), que ajudou a criar alguns dos efeitos visuais mais revolucionários da indústria nos seus 18 anos de associação com a ILM como presidente da Lucas Digital.  Lindsey Collins, veterana há 11 anos na Pixar, é a co-produtora; Tom Porter é o produtor associado. O diretor de fotografia vencedor do Oscar® Roger Deakins é o consultor visual. 

O elenco de dubladores inclui o comediante, Jeff Garlin (Curb Your Enthusiasm), o veterano da Pixar, John Ratzenberger (Cheers, Ratatouille, Toy Story), a atriz premiada, Kathy Najimy (Mudança de Hábito, King of the Hill), a estrela do cinema e do teatro, Sigourney Weaver (Alien, O Oitavo Passageiro, Nas Montanhas dos Gorilas, Baby Mama) e o aclamado desenhista de som vencedor de quatro Oscars®, Ben Burtt (E.T., o Extra-Terrestre, Indiana Jones e a Última Cruzada).  O comediante Fred Willard (Best In Show, Back to You) também aparece no filme.

A variedade expressiva de vozes robóticas de WALL•E foi criada por Burtt, cujo trabalho memorável inclui a criação da voz do lendário robô R2-D2 da série Guerra nas Estrelas (Star Wars). Tendo 30 anos de experiência como um dos maiores especialistas em som da indústria cinematográfica, Burtt participou desde a fase preliminar do filme na criação de todo o universo sonoro de todos os personagens robóticos, da espaçonave, bem como de todos os demais ambientes.

A trilha original de WALL•E foi composta pelo indicado oito vezes ao Oscar® Thomas Newman, que anteriormente havia trabalhado com Stanton em Procurando Nemo (Finding Nemo). A lenda do rock-and-roll, Peter Gabriel, colaborou com Newman numa canção original intitulada “Down to Earth”.  Gabriel compôs a letra para esse epílogo musical fascinante e também interpreta a própria canção.
 
HORA DE ALMOÇO:
OS PIONEIROS DA PIXAR DIGEREM NOVOS CONCEITOS--
UM ROBÔ ROMÂNTICO COMEÇA A GANHAR FORMA

A gênese de WALL•E ocorreu em 1994 no atualmente famoso almoço dos pioneiros da Pixar, Andrew Stanton, John Lasseter, Pete Docter e o hoje falecido gênio narrativo, Joe Ranft.  Com seu primeiro longa-metragem, Toy Story, em produção, de repente, todos perceberam que seria um sucesso e que poderiam ter a oportunidade de fazer outro filme. As idéias originais para Vida de Inseto (A Bug’s Life), Monstros S.A. (Monsters Inc.) e Procurando Nemo (Finding Nemo) foram todas discutidas lá pela primeira vez. “Uma das coisas de que me lembro saindo de lá é a idéia de um pequeno robô abandonado na Terra,” afirma Stanton. “A gente nem tinha uma trama. Era um personagem pequeno, como um Robinson Crusoé – e cogitamos: ‘e se a humanidade precisasse abandonar a Terra e alguém esquecesse de desligar o último robô’, e se ele não soubesse que poderia parar de fazer o que estava fazendo?”

Anos depois, a idéia tomou forma -- literalmente.  “Eu comecei a pensar nele trabalhando todos os dias, compactando os detritos deixados na Terra”, Stanton relembra.  “E eu me interessei muito pela noção de que a coisa mais humana deixada no universo poderia ser uma máquina.  Essa foi a centelha. E nossa jornada foi bem longa.”

Stanton afirma ter sido altamente influenciado pelos filmes de ficção científica dos anos 70.  “Filmes como 2001, Guerra nas Estrelas (Star Wars), Alien, O Oitavo Passageiro (Alien), Blade Runner e Contatos Imediatos (Cllose Encounters) – todos tinham um visual e um clima que me transportavam de verdade para uma outra dimensão e eu realmente acreditava que aqueles mundos existiam”, explica ele. “Eu nunca mais tinha visto nenhum filme que me fizesse sentir o que sentimos quando fomos ao espaço, e eu queria resgatar essa sensação.”

Como preparação para sua missão em WALL•E, a equipe de animação da Pixar fez inúmeras visitas a fábricas de reciclagem para observar as compactadoras de detritos gigantes e outras máquinas pesadas em funcionamento. Todos também estudaram robôs de perto e “em pessoa” no estúdio, além de terem assistido a uma coleção de clássicos do cinema (de filmes mudos a produções de ficção científica) à procura de expressão cinematográfica. Atendo-se ao lema da Pixar de buscar “verdade nos materiais”, os animadores imaginaram cada robô sendo criado para desempenhar uma função especifica, e tentaram se manter dentro das limitações físicas de cada um deles, criando desempenhos com personalidade. Alan Barillaro e Steve Hunter foram os supervisores de animação, com Angus MacLane assumindo o papel de diretor de animação.

O desenhista de produção Ralph Eggleston (Os Incríveis/The Incredibles, Procurando Nemo/Finding Nemo, Toy Story) se inspirou em quadros da NASA dos anos 50 e 60 e na arte dos conceitos originais da Disney Imagineers para a exposição da Tomorrowland, da Disneylândia.  Ele relembra: “Nosso ponto de vista para o visual do filme não era como será o futuro. E sim, como ele poderia ser – o que é bem mais interessante.  Era isso que queríamos passar com o desenho deste filme. No desenho dos personagens e daquele universo, queremos que os espectadores acreditem de verdade no mundo que estão vendo. Nós queremos que esses personagens e esse mundo sejam reais, não que tenham uma aparência realista, mas que sejam reais em termos de verossimilhança”.

E contribuindo para dar uma verossimilhança ainda maior ao filme está o modo como ele foi fotografado. Jeremy Lasky, o diretor de fotografia de câmeras, explica: “As imagens de of WALL•E são diferentes de tudo o que já foi feito antes em animação. Nós buscamos referências nos clássicos do cinema de ficção científica dos anos 60 e 70 como o critério que nos guiaria na ambientação e no desenho do filme.”

E Stanton acrescenta: “Nós fizemos muitos ajustes de câmera e desenvolvemos nosso software, para que nossas câmeras se parecessem mais com as câmeras Panavision 70 mm que eram usadas em muitos desses filmes da década de 70.”

UM MUNDO DE ROBÔS E OUTRAS MÁQUINAS
O QUEM É QUEM EM WALL•E

•    WALL•E (a sigla, em inglês, de Waste Allocation Load Lifter Earth-Class, ou, “Elevador de Detritos Classe Terra”) é o último robô deixado na Terra, programado para desentulhar o planeta, compactando um cubo de detritos de cada vez.  Entretanto, após 700 anos, ele desenvolveu um pequeno defeito – personalidade própria. Ele é extremamente curioso, bom investigador e um pouco solitário. WALL•E foi um de centenas de robôs enviados pelo conglomerado de empresas BNL para limpar o planeta enquanto a raça humana partia num cruzeiro de luxo.  Ele é seu único habitante, excetuando-se a companhia de sua barata de estimação, chamada carinhosamente pelos artistas da Pixar de Hal (em homenagem ao famoso produtor da década de 20, Hal Roach, e também a HAL, de 2001: Uma Odisséia no Espaço).  WALL•E se dedica a compactar fielmente todos os dias cubos e cubos de detritos, desencavando e colecionando artefatos ao longo do trabalho. Na verdade, WALL•E já reuniu um tesouro de tralhas – um Cubo Mágico®, uma lâmpada, talheres – que ele guarda num caminhão-baú que ele chama de lar.  Bastante romântico, WALL•E sonha em conhecer alguém algum dia, certo de que deve haver mais na vida do que o seu monótono trabalho diário. Seu sonho o leva a cruzar a galáxia numa aventura além de tudo com o qual ele jamais poderia sonhar.

•    EVA (Extra-terrestrial Vegetation Evaluator, ou Exterminadora de Vegetação Alienígena) é uma sofisticada andróide de última geração.  Ela é rápida, ela voa e vem equipada com uma arma a laser.  EVA, também chamada de Sonda 1 pelo comandante da Axiom (a gigantesca nave-mãe que abriga milhares de seres humanos expatriados), é uma de todo um grupo de robôs semelhantes enviados à Terra para uma missão de busca sigilosa. EVA tem uma diretriz secreta e está determinada a completar sua missão com sucesso. Ela quase nem nota o seu novo admirador, WALL•E. Um dia, frustrada por não encontrar o que procura, ela tira um momento de folga e forja uma amizade inesperada com um robô excêntrico. Juntos, eles embarcam numa jornada maravilhosa através do espaço.

•    M-O (Microbe-Obliterator, ou eliminador de micróbios) é um robô faxineiro, programado para limpar tudo a bordo da Axiom que é identificado como “contaminador desconhecido ou estranho”.  M-O percorre veloz a Axiom sobre sua esfera giratória, limpando os objetos sujos que encontra pelo caminho. Seu maior desafio é o dia em que WALL•E aparece a bordo da espaçonave. M-O fica obcecado pelo robô mais sujo que ele já viu. Segue-se uma perseguição de gato & rato em que M-O tenta limpar anos de resíduos de detritos de cima de WALL•E.  Felizmente, de tanto que WALL•E foge dessa praga, os dois acabam ficando amigos e M-O logo se torna seu fiel parceiro.

•    AXIOM é a espaçonave ancorada no espaço que abriga a raça humana.  A voz do computador de bordo é de Sigourney Weaver, que, coincidentemente, fez sua estréia cinematográfica em Alien, O Oitavo Passageiro (Alien) uma das inspirações de Stanton para o filme. E como sua personagem em Alien lutava contra Mãe, o computador central, a escalação de Weaver no papel foi também uma homenagem dos cineastas à ficção científica.

•    COMANDANTE é o atual comandante da Axiom. Preso a uma infindável rotina, assim como WALL•E, o comandante sonha em quebrar o círculo cansativo dessa pseudo-vida. Seus deveres monótonos se resumem às verificações agendadas do status da nave com Auto, o piloto automático. Quando ele é informado de uma descoberta há muito esperada feita por uma das sondas andróides, ele sente crescer dentro de si a determinação de se tornar o líder corajoso que ele nunca imaginou ser e traça um novo curso para a humanidade. Jeff Garlin, integrante do hilário elenco de grandes astros do popular seriado da HBO, Curb Your Enthusiasm, empresta sua voz a esse simpático personagem.

•    AUTO é o piloto automático da Axiom, que a vem pilotando em seus 700 anos no espaço. Um robô cuidadosamente programado na forma de um timão de navio, Auto trata o comandante de uma forma fria, mecânica e aparentemente submissa. Mas sem que ninguém da tripulação da Axiom saiba, existe um comando secreto na programação de Auto, e ele está determinado a executar essas ordens secretas a qualquer custo, a despeito das conseqüências para os habitantes da Axiom. 

•    ROBÔS REJEITADOS são uma turma de robôs da Axiom que executa todas as funções possíveis e imaginárias para servir os passageiros da nave e mimá-los com todo o luxo. Entretanto, até mesmo daqui a centenas de anos no futuro, as máquinas continuarão sendo falíveis. Os robôs que apresentam qualquer defeito são enviados à oficina de reparos e marcados com uma bota vermelha. WALL•E faz amizade com esse grupo renegado robôs rejeitados, incluindo uma robô-    esteticista que não consegue deixar seus clientes mais bonitos, um aspirador que cospe a poeira para fora em vez de aspirá-la e um robô guarda-chuva que se abre e fecha nos momentos mais inoportunos. Os robôs rejeitados se aliam a WALL•E para tentarem mudar o destino da Axiom.

•    GO-4 é o imediato da Axiom, que compartilha um segredo com o piloto automático. Uma cápsula pneumática móvel com uma luz de sirene como cabeça, ele é excessivamente zeloso.

•    JOHN e MARY são duas das pessoas que vivem na Axiom, onde se habituaram a uma vida sendo paparicados por luxos.  A chegada de WALL•E atrapalha sua rotina diária e os faz perceber a existência um do outro, e que pode haver mais coisas na vida do que apenas percorrer a nave em suas cadeiras flutuantes de alta tecnologia. O veterano e considerado um talismã da Pixar, John Ratzenberger, empresta sua voz ao personagem John, enquanto a atriz e comediante Kathy Najimy (Mudança de Hábito e King of the Hill) dubla Mary.

•    SHELBY FORTHRIGHT é o simpático e galante Presidente da BNL, um conglomerado global que conquistou o controle do universo com sua linha de robôs (incluindo a linha WALL•E) e cruzeiros espaciais de luxo (como a Axiom). As suas promessas de um futuro belo e glorioso ecoam através das mensagens digitais de Forthright, embora as coisas não tenham saído como o planejado. Fred Willard (Best in Show, Fernwood 2 Night) aparece no filme como a imagem da companhia.

Continua na Parte II.

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